Semanas da gestação: o que acontece na 1ª semana de gravidez?
- Redator

- 5 days ago
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No que se considera a primeira semana de gravidez, o bebê ainda nem começou a ser formado. Nesse momento, a mulher está apenas iniciando um novo ciclo menstrual e a fecundação do óvulo só deve acontecer cerca de 14 dias depois.
Parece confuso, mas há uma explicação: a idade gestacional é contada a partir da data da última menstruação (DUM), já que é difícil determinar com precisão o dia exato da concepção. Na prática, a maioria das mulheres descobre a gestação apenas quando a menstruação atrasa, o que costuma acontecer por volta da quarta semana de gravidez.
Assim, quando se diz que uma gravidez tem 40 semanas, significa que se passaram 40 semanas desde a última menstruação da gestante. Mas a concepção, de fato, ocorreu há cerca de 38 semanas.
Se a mulher não se lembrar qual foi a data de sua última menstruação ou tiver ciclos muito irregulares, o tempo de gravidez pode ser estimado pela ultrassonografia. O exame ajuda no cálculo de acordo com o tamanho do feto. Se realizado entre 8 e 12 semanas, a ultrassonografia pode gerar um erro de apenas 5 dias.
Com o passar do tempo de gravidez, essa estimativa se torna menos confiável, já que após esse período certos fetos podem ficar maiores ou menores, segundo suas características individuais.
Primeira consulta
Seu exame de gravidez deu positivo? Então, é hora de marcar consulta com o obstetra para iniciar o pré-natal. O acompanhamento médico regular deve ser feito até o parto, a fim de garantir a saúde e o bem-estar da mãe e do bebê.
A primeira consulta de pré-natal é essencial para fazer um check-up da saúde materna e abordar questões importantes, como a complementação de ácido fólico, uma vitamina do complexo B fundamental para o desenvolvimento do sistema nervoso do bebê.
Além de evitar malformações, o ácido fólico (também conhecido como folato, ou B9) reduz os riscos de interrupção espontânea da gravidez e de parto prematuro, além de favorecer a saúde mental da gestante. Por tudo isso, o ideal é que as mulheres utilizem o suplemento a partir do momento em que decidem engravidar.
Também no início do pré-natal, a gestante é orientada a fazer determinados exames e, se necessário, procurar outros especialistas, para ajustar o controle de eventuais doenças crônicas ou medicamentos de uso contínuo.
Testes essenciais
Os exames necessários no início e durante a gravidez podem variar de paciente para paciente. De qualquer forma, há um conjunto de análises que devem ser solicitadas a todas as gestantes, tanto as de alto quanto as de baixo risco.
Hemograma: verifica a presença de anemia, entre outras alterações que podem afetar a saúde do bebê;
Urina 1 e urocultura: permite o diagnóstico de infecções urinárias, que podem se tornar mais graves na gestação;
Tipagem sanguínea: para verificar a compatibilidade do Fator RH entre mãe e feto;
Sorologias: para detectar infecções que podem afetar o bebê (como hepatites B e C, rubéola, sífilis, HIV, toxoplasmose e citomegalovírus) e planejar condutas;
Análise de glicemia materna: seja pela glicemia de jejum ou curva glicêmica, ajuda a detectar precocemente o diabetes gestacional;
Ultrassonografia transvaginal obstétrica: para confirmar o tempo de gravidez e garantir que o embrião esteja saudável e dentro do útero.
Consulta pré-concepcional
Consultar o médico antes mesmo de tentar engravidar é importante para que se possa discutir a necessidade de eventuais testes genéticos, caso a mulher ou seu parceiro tenham histórico de determinadas doenças.
Verificar se as vacinas estão em dia e iniciar a suplementação de ácido fólico são outros detalhes que podem beneficiar a futura gestante, bem como receber informações atualizadas sobre saúde, como a importância de evitar substâncias como álcool, tabaco, drogas ilícitas e certos contaminantes durante a gravidez.
Planejar tudo com calma traz segurança, mas se isso não for possível, não há motivo para pânico! O importante é receber as orientações e iniciar os cuidados o quanto antes.
Por que o pré-natal é importante?
Orientar sobre o uso de medicamentos e/ou substâncias que possam afetar o feto ou o parto;
Oferecer informações sobre alimentação, sono, higiene, sexualidade e outras questões relativas à gestação;
Avaliar manifestações físicas típicas da gravidez;
Prevenir, diagnosticar precocemente e tratar doenças que possam interferir na gestação ou na saúde da mãe e do bebê;
Preparar a mulher para a maternidade, inclusive psicologicamente, oferecendo informações sobre o parto e o cuidado com a criança.
Acompanhamento regular
Logo na primeira consulta do pré-natal, a paciente recebe a Caderneta da Gestante, que reúne os principais dados sobre a gravidez e os exames a serem realizados a cada período, a fim de evitar possíveis complicações.
De modo geral, a recomendação é que, até a 34ª semana, as consultas sejam mensais. Entre a 34ª e a 36ª semanas, quinzenais; e da 36ª semana até o parto, semanais.
Fonte: Rômulo Negrini (CRM 113055/RQE 54854), coordenador médico materno-infantil do Einstein Hospital Israelita.






